CASARÕES DE ESTÂNCIA: PATRIMÔNIO ESQUECIDO
Manchete : SAIU NO CINFORM/CASARÕES DE ESTÂNCIA: PATRIMÔNIO ESQUECIDO
Muitos deles foram tombados pelo Estado. No entanto, isto não tem sido suficiente para melhorar a situação dos prédios.
Construções majestosas, de grande valor histórico, erguidas, em sua maioria, no século XIX, estão pedindo socorro, em Estância. Prédios como o da antiga Câmara de Vereadores, no centro da cidade, entre tantos outros exemplos, encontram-se em péssimo estado de conservação. Muitos chegaram a ser demolidos. Outros simplesmente foram ignorados, deixando em risco a identidade de um dos berços culturais de Sergipe.
“Vários casarios antigos, espalhados por toda a cidade, estão se acabando aos poucos. Muitos foram tombados, inclusive ilustram um dos catálogos do Governo do Estado, mas isto não tem sido suficiente. Deveria haver uma política forte, municipal, aliada à estadual, para impedir que coisas assim aconteçam. Em Alagoas, por exemplo, os prédios antigos são utilizados como museus. Aqui, acham que o bom mesmo é demolir”, destaca o radialista Magno de Jesus.
SÓ NO PAPEL
Acaba sendo irônico o fato de o Governo produzir um livro que reconhece a existência de monumentos importantes espalhados por Sergipe e ainda destacar que todos são ‘bens protegidos por lei e tombados através de decretos do (próprio) Estado’. Não é isto o que acontece na prática.
Fachadas com rachaduras, rebocos caindo e estrutura interior pra lá de comprometida são problemas comuns em todas as edificações antigas. “Na Praça Barão do Rio Branco, também no centro, já foram demolidos uns três grandes e importantes casarios. Em um desses momentos, eu estava passando e vi que o pedreiro retirava os azulejos, de origem portuguesa, para vender a outra pessoa. É um absurdo”, denuncia Magno.
O radialista acrescenta que o prédio da antiga Câmara começou a ser demolido pelos fundos. O jornal local divulgou a notícia, a prefeitura tomou conhecimento e interditou a área. “As ruas capitão Salomão e Pernambuquinho também abrigam vários prédios. São todos muito lindos, porém esquecidos. A destruição vem sendo total, infelizmente”, destaca a dona de casa Maria Alves Santos, 32.
Até o fechamento desta matéria, a reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Estância nem com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional – IPHAN – para conversar sobre o assunto. (Edição nº 28/03 a 03 de abril de 2011).
Matéria retirada do site A Tribuna Cultural - http://www.atribunacultural.com/modules/xnews/article.php?storyid=329
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