quarta-feira, 18 de maio de 2011

SÍMBOLOS: Hino, Brasão de Armas e Bandeira de Estância - Sergipe

HINO DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA - SERGIPE
Composição : Francisca do Santos Assunção

Estância, jardim de Sergipe!
Rainha dos Abais!
Estância, ô terra querida,
Gentil guarida,
Rincão feliz.


Tu és princesa do Piauitinga
- O rio-poeta que, nas noites de luar,
Enamorado de reveste em prata
e madrigais murmura,
Para te embalar.
Se raia o dia, teu povo me prece
E a tua "Lyra"
- Centenária, imortal-
as tuas fábricas e a passarada
fazem alvorada,
num concerto original!
Tens praças que ostentam palmeiras,
Sobrados e igrejas tradicionais.


E o mar debruçado nas praias,
Contempla o vigor dos teus coqueirais.
Da indústria têxtil pioneira foste,


E o teu esporte já foi pentacampeão.
Deste a Sergipe "miss" a mais formosa
E um modelar colégio,
Quase setentão.


És progressista e hospitaleira.
São João o melhor
E o mais famoso do Brasil!
"Cantada em verso, cantada em prosa"
- Mãe primorosa,
fértil ninho de águias mil!
Primeira na imprensa, áureo berço
e esplendor da cultura, em Sergipe D'ÉI Rei!


E a Virgem Morena abençoa
O teu povo, que faz do amor sua lei!


São Glórias tantas que o teu nome encerra,
que inábil musa não as logra enaltecer!
Heróis e Gênios te povoam a História,


E todo estanciano
Louva com prazer.
Gilberto e Jorge, Coutinho e Gomes,
Góis, Nascimento,
Homem, Bessa e Capitão,
Judite, Graccho e Camerino,
Jessé, Quirino,
Dome, Augusto e Salomão.
Tão bela, garbosa e florida.
- Na face da terra jamais houve assim!

E Pedro II batiza:
"Estância, tu és Cidade Jardim!"


BRASÃO DE ARMAS



BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA - SERGIPE


Referências: 
  1. http://letras.terra.com.br/hinos-de-cidades/1656799/
  2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A2ncia_%28Sergipe%29
  • Acesso dia 15 de Maio de 2011 às 17:35h e 21:03h, respectivamente.

sábado, 14 de maio de 2011

TEMAS DE HISTÓRIA DE SERGIPE II

BREVE HISTÓRICO DA CIDADE DE ESTÂNCIA-SERGIPE

  O mexicano Pedro Homem da Costa foi o verdadeiro fundador da cidade de Estância, chamada de “Cidade Jardim”, por Sua Majestade Dom Pedro II, Imperador do Brasil, quando visitou o nosso Estado. Pedro Homem da Costa e seu concunhado foram agraciados com as terras onde se encontra hoje o território de Estância. A doação foi feita pelo Capitão-Mor da Capitania de Sergipe, João Mendes, em 16 de setembro de 1621, porém, as ditas terras haviam sido adquiridas anteriormente por Diogo de Quadros e Antônio Guedes, os quais não a povoaram nem a colonizaram, razão pela qual perderam o direito da concessão. Tanto Pedro Homem da Costa, como Pedro Alves e João Dias Cardoso, este último sogro dos dois, já ocupava a gleba antes da concessão, com roças e criação de gados.
  Sendo assim, quem primeiro desbravou as terras foi Pedro Homem da Costa e nelas edificou uma capela, dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe, santa que nos consta, é, também, a Padroeira do México. Entre os mexicanos, Estância é uma propriedade de criação de gado e os seus ocupantes são chamados de estancieiros, daí o nome adotado por Pedro Homem da Costa: Estância.
  Durante muito tempo, Estância foi subordinada à Vila de Santa Luzia do Real, atualmente Santa Luzia do Itanhy. Só em abril de 1757, o rei autorizou que realizassem na povoação de Estância vereações, audiências, arrematações e outros atos judiciais na alternativa dos juízes ordinários, acontecendo assim, a separação jurídica da Vila de Santa Luzia, então em franca decadência. Em 25 de outubro de 1831, a sede da Vila de Santa Luzia é transferida para Estância. Em 5 de março de 1835, é criada a sua Comarca, e, finalmente, a 4 de maio de 1848, foi elevada a categoria de cidade.
  A cidade de Estância, no estado de Sergipe está situada na porção sudeste do estado, fazendo fronteira ao sul com a restinga de mangue seco, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy, a leste com o oceano atlântico, ao norte com Itaporanga D’Ajuda e Salgado, a oeste com boquim e Arauá. Cidade bonita, cheia de sol e de vida, de saber e de inteligência, berço da cultura e progresso, de religiosidade e amor. Localizada em um planalto elevado, cortado por dois rios importantes – o Piauí e o Piauitinga, além de outros menores como o Fundo e o Maculanduba, o Biriba, o Cassunguê e o Rosentina, recebe a brisa suave do Oceano Atlântico.  A população é estimada em 64.464 habitantes, sendo que 85% concentra-se na zona urbana. A economia do município é bastante diversificada, sendo que os setores terciários e secundários prevalecem devido à sua urbanidade. No setor terciário, ou seja, no comercio e serviços existem grandes lojas, magazines e hipermercados; no setor secundário aparecem indústrias de tecidos, cosméticos, hidrômetros, cervejaria (Ambev), a Craw do Brasil, fabrica de produtos para sorvetes, biscoitos, suco de laranja etc. Contempla também o petróleo, através da plataforma de Piranema; na área do turismo é dona de belíssimas praias, algumas delas ainda intocadas, são motivos de visita constante de turistas de todo o Nordeste e do Sul do país, destacando-se o Abaís e o Saco, locais agradáveis de veraneio e pesca abundante; no setor primário o principal produto é o coco-da-baía, portanto a economia é bastante diversificada.

Referências:
   1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A2ncia_%28Sergipe%29
   2. http://www.estanciasergipe.org/
   3. http://www.estancia.se.gov.br/historia.asp
    * Acesso dia 10 de Abril de 2011 às 21:02h, 22:06h e 23: 12h, respectivamente.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

TEMAS DE HISTÓRIA DE SERGIPE II: AULA 5: “FIOS DO INESPERADO E DA RESISTÊNCIA...”: NEGROS, ÍNDIOS, MESTIÇOS E MULHERES EM SERGIPE NO SÉCULO XIX.

O ÍNDIO

  Os índios em Sergipe no século XIX, além de praticarem a agricultura de subsistência e a pesca, também se ocupavam de outros ofícios. Os homens tornaram-se sapateiros, pedreiros, alfaiates e outras demais funções subalternas de uso braçal, como assalariados da terra, tangedores de gado e/ou fornecedores de gêneros alimentícios, através das feiras, às vilas e cidades. As mulheres, não raramente, se ocuparam dos artesanatos e de outros ofícios caseiros.

COMO ERAM VISTOS?

  Os indígenas eram constantemente enxergados como empecilhos ao desenvolvimento da riqueza e dos privilégios dos senhores de terra, pois, esses nativos, ocupavam as terras que poderiam ser incorporadas ao patrimônio dos senhores, ampliando assim, a empresa agroaçucareira.

QUANTOS ERAM?

  No início do século XIX, segundo a historiadora Maria Thétis Nunes, a população indígena sergipana contava com aproximadamente 1440 pessoas, distribuídas pelas aldeias de Água Azeda, Geru, Japaratuba, Pacatuba, Porto da Folha e Rio Real, significando apenas 2% da população total sergipana.

A EXPANSÃO CANAVIEIRA E AS TERRAS INDÍGENAS

  A enorme expansão dos canaviais, a partir da década de 1830, trouxe a necessidade de mais terras para o desenvolvimento saudável dessa empresa. Os senhores de engenho ambicionaram ocupar as terras das aldeias indígenas, legalmente asseguradas, na época, aos nativos. As pressões, investidas e ataques, por parte dos senhores, foram constantes e progressivos.
  O presidente da província sergipana, Zacarias de Góis, sensibilizado com a situação por qual passava os índios, conseguiu do Governo Imperial a vinda do Frei Doroteu de Loreto. Este, intencionado a catequização e mesmo à proteção dos nativos. Contudo, influenciado pelas pressões dos detentores do poder local, que estavam na iminência de serem agraciados pela Lei de Terras, o presidente Góis, em documento oficial, afirma que não existe mais índios aldeados em Sergipe. Assim, esse golpe justificava a ocupação das terras indígenas pelos senhores de gado e açúcar e também a incorporação, pelo Estado, dessas aldeias. A mesma medida foi seguida pelo presidente Dr.º José Antônio, baseando-se no argumento que em Sergipe não existia índios puros e sim mestiços e domesticados e já incorporados às funcionalidades das  aldeias, cidades e vilas.
  O Governo Imperial também corroborou essas duas decisões dos governantes sergipanos ao extinguir a Diretoria Geral dos índios. Sobretudo, saiam vitoriosos os senhores de terras e os indígenas desapareceram ou mesclaram-se com as populações locais, sumindo dos relatórios oficiais e só aparecendo com a denominação de caboclo no Censo de 1891.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Fios do Inesperado e da Resistência”: Negros, Índios, Mestiços e Mulheres em Sergipe no século XIX. In: SOUSA, Antônio Lindvaldo. Temas de História de Sergipe II, São Cristóvão, CESAD – UFS, 2010, Aula 5, p. 93-112.